segunda-feira, dezembro 26

Vulcão - Esquema

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Vulcões - Apresentação de material

 

Vulcões - Simulação

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Vulcão - Construção de um modelo

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Vulcão - Modelo para pintar e construir

  

Vulcões

 
♦ O vulcanismo é uma consequência da dinâmica interna da Terra. Muitos dos vulcões estão ligados a zonas activas de placas litosféricas (por ex. zonas de subducção ou em dorsais), assim como as correntes de convecção e o material existente na Astenosfera vão condicionar muitas das erupções vulcânicas. Define-se vulcanismo como o processo em que se dá a transferência para a superfície de materiais que se encontram no interior da Terra.
♦ A palavra vulcão tem a sua origem relacionada com uma ilha na costa Italiana.
Há muitos séculos atrás, as pessoas que viviam nesta região acreditavam que Vulcano (o vulcão localizado nessa ilha) era a chaminé da forja de Vulcan - o ferreiro dos deuses romanos. Os habitantes imaginavam que os fragmentos de lava incandescentes e nuvens de cinzas erupcionados vinham desta forja onde se construíam os raios para Júpiter, rei dos Deuses, e as armas para Marte, o rei das guerras.)
♦ O termo “vulcão” pode ter duas definições;
1. Uma abertura na crusta da qual magma e gases podem escapar para a superfície.
2. A montanha, o cone vulcânico, que foi formada a partir do deposito de produtos de erupções vulcânicas.
♦ Durante um episódio vulcânico podem ser emitidos gases e materiais líquidos ou sólidos. Uma erupção vulcânica pode ser precedida ou acompanhada de eventos sísmicos.
♦ Por vezes a actividade vulcânica acarreta riscos assim como pode trazer benefícios para o ser humano.
♦ O vulcanismo pode ser dividido em vulcanismo primário ou vulcanismo secundário. Designamos por primário aquele que corresponde aos eventos associados aos próprios vulcões e à sua actividade. O vulcanismo secundário reflecte manifestações de menor intensidade (abordadas numa aula mais à frente).
♦ Um vulcão é, normalmente, constituído por: câmara magmática (local onde se acumula o magma); chaminé principal (local predominante por onde se dá a subida de magma; chaminé secundária (ou adventícia) (por onde se pode dar a subida de magma mas em menor quantidade) e cratera (abertura em forma de depressão pela qual são expelidos os materiais vulcânicos).♦ O cone vulcânico é uma formação, elevada, que pode ocorrer através da acumulação do material libertado numa erupção.
♦ Durante um episódio vulcânico podem ser emitidos gases e materiais líquidos ou sólidos. Uma erupção vulcânica pode ser precedida ou acompanhada de eventos sísmicos. O magma, quando chega à superfície ou está muito próximo dela toma a designação de lava.
Os gases libertados são maioritariamente vapor de água e dióxido de carbono (também azoto e enxofre em proporções significativas); as lavas são materiais líquidos (devido ao estado de fusão dos mesmos), com uma consistência mais ou menos viscosa.
Os materiais sólidos expelidos são denominados de piroclastos. Estes materiais sólidos são o resultado da fragmentação e arrefecimento da lava Os piroclastos podem apresentar diferentes formas e tamanhos. Consoante as suas dimensões estes podem classificar-se em:
- blocos: materiais que atingem grandes dimensões (»64mm). Normalmente os blocos consistem de fragmentos solidificados de outras erupções e que faziam parte do cone vulcânico.
- bombas – fragmentos com diâmetro maior ou igual a 64mm que foram libertados ainda viscosos (em parcial estado de fusão) e que por vezes adquirem formas arredondadas devido ao trajecto que fazem pelo ar.
- lapilli – fragmentos de rochas ejectadas de um vulcão com um diâmetro aproximado compreendido entre os 2 e os 64mm.
- cinzas – rochas, minerais e fragmentos de vidro vulcânico de tamanho inferior a 2mm. Ao contrário por exemplo de cinza resultante da madeira, a cinza vulcânica é extremamente dura e abrasiva. Resultam principalmente da quebra de rochas sólidas e da violenta separação de lava.
♦ A viscosidade da lava vai determinar o tipo de erupção que pode ocorrer. De forma geral podemos ter três tipos de erupções (explosiva, efusiva e mista).
- A erupção explosiva é característica de ocorrência de magmas muito viscosos, que flúem com grande dificuldade. Esta viscosidade vai dificultar a libertação de gases. Durante a erupção são registadas violentas explosões, há formação de nuvens ardentes (nuvens de cinza e gás a altas temperaturas). Na maioria destas explosões os materiais que são projectados, ao solidificar e cair acabam por formar grandes cones vulcânicos.
- A erupção efusiva é consequente de um magma fluido (pouco viscoso), a libertação de gases é mais facilitada e não se registam, normalmente, muitas explosões de grande violência. Formam-se rios ou correntes de lava (designados de mantos de lava quando cobrem grandes extensões de terreno). Por norma os cones vulcânicos formados são baixos e largos (em diâmetro).
- A erupção mista apresenta aspectos quer da erupção efusiva quer da erupção explosiva. Alternam-se fases explosivas com efusivas.
♦ O vulcanismo secundário diz respeito a manifestações de menor importância, assumindo um aspecto mais atenuado. Este tipo de vulcanismo pode também ser designado por vulcanismo residual.
♦ O vulcanismo secundário pode manter-se durante longos períodos de tempo e é muitas vezes posterior a uma erupção. Basicamente este tipo de vulcanismo é manifestado por emissões de gases, por vezes a altas temperaturas através de fumarolas e emissões de água sobreaquecida em forma de repuxos que brotam periodicamente (géiser) ou em fontes de agua termais.
♦ Muitos dos fenómenos vulcânicos estão interligados a zonas activas de placas. Assim a sua distribuição mundial não vai ser completamente aleatória.
♦ Associado à erupção vulcânica podem ocorrer diversos riscos consequentes de diferentes expressões dessa actividade. Assim temos por ex. nuvens ardentes (cinzas e gases a altas temperaturas) que devastam os locais por onde passam e podem provocar a morte por exemplo por asfixia; as correntes de lava (correntes de material fundidos a temperaturas muito elevadas) causando destruição, incêndios, etc; podem dar-se chuvas ácidas (devido à libertação de gases) que representam um perigo devido às propriedades corrosivas e derrocadas (na sua maioria associadas ao próprio cone vulcânico).
♦ Mas o vulcanismo também pode representar benefícios. Os benefícios resultantes estão ligados quer à manifestação de vulcanismo atenuado quer ao principal (ou seu resultado). Assim, as populações podem por exemplo usufruir de energia geotérmica (devido ao aquecimento da agua do subsolo); as cinzas vulcânicas tornam o solo mais fértil; a exploração turística destes locais também pode ser vista como uma vantagem; os vulcões permitem também o estudo do interior da Terra (ao expelir material); entre outros.
♦ Em Portugal existe uma região que é activa face a registos vulcânicos. É no arquipélago dos Açores, que fica localizado perto da dorsal do Atlântico, que se registam ainda manifestações de vulcanismo.
♦ Nos Açores existem manifestações de actividade vulcânica primária e secundária. O vulcão dos Capelinhos (ilha do Faial) por exemplo é um vulcão que manifestou em 1957 e 1958 actividade do tipo primária com diferentes erupções. Nos Açores existem imensas manifestações de actividade secundária como fumarolas (onde algumas são aproveitadas para fazer cozinhados (por exemplo na Lagoa das Furnas (S. Miguel)); assim como por exemplo existe o aproveitamento deste tipo de actividade para produção de energia geotérmica (em S. Miguel). Existe também nos Açores lagoas formadas em caldeiras de vulcões (Lagoa das Sete Cidades por ex.).
♦ As caldeiras são frequentes em regiões vulcânicas e consequentes de uma forte erupção vulcânica em que grandes quantidades de material são expelidas deixando por vezes um vazio na câmara magmática. Quando isto acontece pode dar-se o afundamento da parte central do vulcão originando uma depressão. A essa depressão denominamos de caldeira. Muitas vezes com o passar do tempo essa depressão é em parte preenchida por água formando lagos.